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Campanha vitoriosa de Biden promete investimentos em energia com foco em redução de emissões

Guilherme Serodio
7 de novembro de 2020
Em Clima, Eólica, Internacional, Solar
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Campanha democrata promete mudança radical em política climática -- Joe Biden (centro) e Kamala Harris (direita) na noite das eleições americanas de 2020

Campanha democrata promete mudança radical em política climática -- Joe Biden (centro) e Kamala Harris (direita) na noite das eleições americanas de 2020

O retorno rápido dos Estados Unidos ao Acordo de Paris, aumento das restrições à indústria de óleo e gás e dos incentivos à produção solar e eólica no país e um reposicionamento do setor automobilístico. Essas são algumas das consequências mais imediatas se o candidato democrata Joe Biden cumprir suas promessas para o setor de energia.

Em uma disputa acirrada, as projeções indicam a vitória de Biden com 284 delegados. A contagem final dos votos ainda devem se estender pelos próximos dias, enquanto o presidente atual, Donald Trump, ameaça levar os resultados para a Suprema Corte dos EUA e judicializar a apuração nos estados. Um dos alvos do republicano é a votação por correio, que já existia, mas foi ampliada devido à ameaça de contaminação pelo novo coronavírus.

A eleição de Joe Biden é resultado de uma votação recorde, mais de 74,847 milhões de votos, contra 70,591 milhões para Donald Trump. O candidato democrata conseguiu recuperar regiões historicamente democratas e avançar sobre estados republicanos, virando votos conquistados por Trump em 2016.

Horas depois de declarar a vitória, sem base para tal, Trump formalizou na quarta (4) a saída do país do Acordo de Paris, um dos muitos temas altamente polarizados na política americana, uma promessa feita desde a campanha de 2016.

Biden, por sua vez, incorporou no plano de governo metas alinhadas com os membros mais à esquerda do partido democrata, como o socialista Bernie Sanders, que disputou as primárias do partido. Promete, assim, acelerar a transição dos combustíveis fósseis, um dos pilares do crescimento econômico americano pré-covid – aspecto apontado como um elemento que garantiria a reeleição de Donald Trump.


Promessas de Biden para a política energética dos EUA

  • Retorno ao Acordo de Paris e o endurecimento de regulações para contar emissão de gases do efeito estufa (GEEs);
  • Captura das emissões na produção de de óleo e gás, inclusive no shale;
  • Incentivo ao mercado de veículos elétricos;
  • Mais espaço para energia nuclear;

Postura internacional

A abordagem de valorização do multilateralismo e de organismos internacionais e a postura mais favorável ao combate às mudanças climáticas deve fazer com que o retorno do país ao Acordo de Paris seja uma das primeiras decisões da política externa norte-americana sob o governo de Joe Biden.

A mudança, que reafirma o caminho trilhado pelo ex-presidente democrata Barack Obama, será sentida pela indústria norte-americana de energia, que verá uma valorização das fontes renováveis em detrimento do setor de óleo e gás.

Também como fruto do realinhamento internacional dos EUA sob o governo Biden, é esperada a redução de tensões com adversários internacionais, como o Irã. De acordo com análise da Standard & Poor’s Global Platts, essa guinada deve provocar a redução de restrições, por exemplo, ao petróleo iraniano. Mas uma retomada da produção de barris iranianos em maior escala no mercado global não deve ser vista em menos de dois anos.

Óleo e gás

A eleição de Joe Biden deve favorecer grandes empresas de petróleo e gás e criar dificuldades para companhias menores por conta do provável endurecimento de normas regulatórias, sobretudo quanto a emissão de gases do efeito estufa (GEEs). A guinada esperada na postura do governo federal deve impor limites também à exploração de shale gas no país, setor que era amplamente favorecido por Trump desde sua eleição em 2016 com a promessa de reduzir as restrições para essa técnica de extração.

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Também é esperado que Biden sinalize a revisão de regras de emissão de metano, impostas por Obama, mas revogadas em grande parte por Trump. Como consequência, o mercado antecipa um aumento do custo do gás no mercado doméstico do país.

Ainda assim, analistas consideram que o alcance dessas mudanças na produção de óleo e gás no curto prazo é reduzido graças a licenças de exploração já concedidas durante a gestão de Trump.

No próximo dia 18, um novo leilão de áreas vai ofertar mais de 14 mil blocos no Golfo do México, dando continuidade ao plano de Trump de expandir a perfuração offshore de petróleo e gás.

Em outubro de 2019 o Departamento do Interior propôs seu maior arrendamento de áreas para exploração de petróleo e gás, oferecendo mais de 78 milhões de acres no Golfo do México.

O governo federal deve apoiar iniciativas estaduais, que são ainda mais significativas, como a proposta da Califórnia de banir o fraturamento hidráulico até 2024 e neutralizar em 100% suas emissões até 2045, impondo inclusive restrições fortes à indústria automobilística.


Setor automotivo

A eleição de Biden certamente é um forte sinal de incentivo ao setor de veículos elétricos e outras opções de menor volume de emissões, que agora vai cobrar o cumprimento de promessas como a instalação de meio milhão de postos de recarga de automóveis no país até 2030 e a criação de 1 milhão de postos de trabalho.

Biden deve prover incentivos, ainda, à pesquisa e desenvolvimento para a produção de baterias de maior autonomia. E tornar mais rígida a legislação de emissões, a exemplo do que faz a Califórnia, governada pelo democrata Gavin Newsom.

Renováveis

Biden já prometeu colocar a geração solar e eólica no centro da política energética norte-americana, estimulando a instalação de milhões de painéis solares no país – fomentando inclusive a geração compartilhada – a geração eólica, inclusive offshore.

Mas o cumprimento de promessas mais abrangentes, como a redução drástica das emissões do setor de geração, para atingir a neutralidade em 2035, dependerão da composição do Senado, apontam analistas.

Já a manutenção de incentivos até certo ponto é vista como segura, como a extensão de crédito fiscal para a produção eólica e solar e para o desenvolvimento de tecnologias de captura, utilização e estocagem de carbono (CCS, na sigla em inglês).

Outro foco de investimentos federais deve ser o desenvolvimento de pesquisas com hidrogênio verde (gerado a partir de fontes renováveis).

Petroquímica

Assim como na exploração de óleo e gás, analistas preveem que o endurecimento da regulação alcance também o setor petroquímico, com impacto significativo na produção de plásticos recicláveis.

O aumento do custo do gás natural também impactaria a indústria e imporia restrições a players menores, e poderia colocar em risco uma nova onda de investimentos das chamadas crackers de etileno, que viram uma expansão drástica no começo da década passada, e esperavam um cenário positivo com a vitória do republicando Trump.

Nuclear

Tal qual seu rival na disputa eleitoral, Biden vê na geração nuclear uma oportunidade mais factível para a transição energética, atingindo mais rapidamente objetivos de redução de emissão.

No seu plano de governo consta o incentivo à produção de energia livre de emissão de carbono fornecida por fonte nuclear e hidrelétrica. A campanha democrata defendeu a distribuição de pequenas centrais nucleares pelo país, sistema que pode servir inclusive como backup para a intermitência da geração solar e eólica.

A proposta já era defendida também pelo governo de Donald Trump, que buscou promover a retomada do setor nuclear.


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