O ministro do Planejamento, Esteves Colnago Júnior, e a secretária-executiva da Fazenda, Ana Paula Vescovi, afirmaram que o governo está próximo de firmar um acordo sobre a venda do excedente da cessão onerosa. Em palestra na Rio Oil & Gas, Colnago disse que hoje a amplitude entre os valores propostos pelas partes é menor e que dos 40 pontos da negociação hoje restam “4 ou 5 pontos” de discordância.
Em painel na Rio Oil & Gas em que dividiram uma mesa, ambos afirmaram que o acordo está entre as prioridades do governo Temer para os últimos meses do mandato. Segundo Ana Paula, há espaço para a conclusão da negociação ainda este ano, com margem também para a aprovação no Congresso do PL 8939/2017, o PL da cessão onerosa.
“Hoje estamos em condição de chegar a bom termo sobre o edital da cessão onerosa que está sendo analisado pelo TCU”, disse Ana Paula durante palestra. Segundo ela, a venda da área será um grande benefício para o próximo governo em termos de arrecadação. “Mas muito mais importante do que isso é que será uma reativação muito importante de investimentos”, disse. “Existe uma expectativa global em termos dessa negociação. Nós estamos nos esmerando muito.”
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Subsídio do diesel demanda diálogo com equipe do próximo governo, diz ministro
Colnago afirmou que uma solução sobre o fim da subvenção ao diesel, que expira em 31 de dezembro, deve ser negociada com a participação de representantes do futuro governo. Segundo ele, o governo não dialogou sobre o tema com equipes dos candidatos na corrida eleitoral por considerar a pauta técnica demais e tampouco tem uma proposta definida para apresentar neste momento.
Questionado por jornalistas, Colnago repetiu as expressões mencionadas pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, há uma semana, mencionando que a subvenção atual não é uma solução estrutural para o impasse do preço do combustível.
A falta de uma proposta concreta do governo para o dia seguinte ao fim do subsídio tem preocupado atores do setor. Ontem, o presidente da Plural, Leonardo Gadotti expressou preocupação e afirmou que a pauta deveria prioritária para o governo nos seus próximos três meses de mandato.