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Como acordo Bolívia-Argentina afeta mercado de gás natural no Brasil

Com dificuldades para importar, Petrobras recua em negociação com distribuidoras sobre novos termos de contratos

André RamalhoeLuiz Fernando Manso
20 de maio de 2022 - Atualizado em 21 de maio de 2022
Em Internacional, Mercado de gás, Política energética
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Luis Arce (esq.) e Alberto Fernández (dir.), presidentes da Bolívia e Argentina, respectivamente, celebram acordo para fornecimento de gás da Bolívia

Luis Arce (esq.) e Alberto Fernández (dir.), presidentes da Bolívia e Argentina, respectivamente, celebram acordo para gás (Foto: Ministério de Relações Exteriores da Argentina)

RIO — A Bolívia aumentou as exportações de gás natural à Argentina este mês e iniciou, nas últimas semanas, um corte parcial no fornecimento ao Brasil, para fazer frente aos novos compromissos com Buenos Aires.

A expectativa é que a redução da oferta de gás boliviano chegue a cerca de 6 milhões de metros cúbicos diários (m³/dia) — o que levou a Petrobras a recuar, esta semana, nas negociações sobre os novos termos dos contratos de suprimento às distribuidoras estaduais de gás canalizado.

Em paralelo, o governo boliviano quer renegociar os termos do contrato com o Brasil — o que traz novas incertezas para o mercado brasileiro sobre as condições de importação.

Com uma capacidade de oferta insuficiente para atender ao mesmo tempo as demandas argentina e brasileira, os bolivianos optaram por reduzir os volumes entregues à Petrobras, em busca de preços melhores.

A restrição tende a forçar a estatal brasileira a aumentar as importações de gás natural liquefeito (GNL), num momento em que a companhia toma prejuízos com a importação do produto.


O que você vai ver aqui:

  • Bolivianos elevam exportação de gás à Argentina e cortam entrega ao Brasil, em busca de preços melhores;
  • Petrobras recua e retira da mesa proposta apresentada em renegociação de contratos com distribuidoras;
  • Bolívia quer renegociar termos comerciais do contrato de exportação de gás ao Brasil.


Bolívia e Argentina se alinham em relação ganha-ganha

Os bolivianos aumentaram as exportações de gás à Argentina, a partir deste mês, para 14 milhões de m³/dia — ante o patamar anterior, de 8 milhões a 10 milhões de m³/dia. O acordo foi celebrado em abril e é válido pelo período entre maio e setembro.

Para a Argentina, recorrer ao gás boliviano foi uma alternativa aos elevados preços do GNL no mercado internacional — situação agravada pelos efeitos da guerra na Ucrânia.

O país precisava garantir com urgência volumes de gás para atender à demanda por calefação durante o inverno. A economia estimada pelo governo argentino de Alberto Fernández, com o acordo com a Bolívia, é de US$ 769 milhões — o equivalente à importação de 14 navios de GNL.

A Bolívia tem mantido relações próximas com a Argentina — país onde o ex-presidente boliviano, Evo Morales, se asilou em 2019, após renunciar em meio à escalada de tensões com opositores. Em 2020, ele regressou ao país de origem, depois de confirmada a vitória do socialista Luis Arce, ex-ministro de Evo, nas urnas.

O alinhamento entre Fernández e Arce contrasta com o distanciamento diplomático assumido pelo governo de Jair Bolsonaro com os dois países vizinhos.

De acordo com um executivo argentino, as conversas com a Bolívia foram feitas de maneira discreta para evitar problemas com o governo brasileiro.

“A Bolívia não tem gás suficiente para cumprir os dois contratos. Por questões políticas, resolveu privilegiar a Argentina”, disse a fonte. “Havia uma expectativa de que a Bolívia conseguisse aumentar a produção nos próximos meses. Eles estavam muito otimistas em relação a algumas descobertas, mas as previsões não se confirmaram”, completou.

  • Como a TBG pretende aumentar a capacidade do Gasbol até 2024

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Para a Bolívia, o acordo com o governo de Fernández significa uma receita extra, já que os argentinos pagarão, pela cota adicional, praticamente o dobro do que o Brasil paga pelo gás boliviano.

O governo de Luis Arce estima que o contrato com os argentinos significarão um ingresso de US$ 100 milhões a mais nos cofres do país, entre maio e setembro.

Pelos termos do acordo entre os dois países, segundo o governo argentino, a Bolívia se comprometeu a exportar 14 milhões de m³/dia e a priorizar o fornecimento aos argentinos de volumes adicionais de 4 milhões de m³/dia, para até 18 milhões de m³/dia, a depender da disponibilidade.

O governo boliviano informou que o preço pago pela Argentina pela cota extra de gás atingiu, este mês, um patamar de US$ 20 o milhão de BTU. Pelos volumes usualmente contratados, de até 10 milhões de m³/dia, os argentinos seguem pagando entre US$ 7 e US$ 9 o milhão de BTU.


Menos gás para o Brasil

Como tem uma produção limitada, a Bolívia dá sinais de que pretende cortar parte do fornecimento ao Brasil, para fazer frente ao novo compromisso com os argentinos.

De acordo com dados da ANP, a entrega de gás no ponto de recebimento de Corumbá (MS), no início do trecho brasileiro do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), já caiu para cerca de 15 milhões de m³/dia na média de maio — patamar próximo à cláusula de take-or-pay (volume mínimo de gás que deve ser retirado, para não pagamento de penalidades), de 14 milhões de m³/dia.

Para efeitos de comparação, no primeiro bimestre a entrega de gás em Corumbá ficou próxima do limite que a Petrobras tem direito a retirar, de 20 milhões de m³/dia. Desde então, esse volume tem caído mês a mês.

Procurado, o Ministério de Minas e Energia (MME) esclareceu que o governo tem acompanhado a importação de gás natural da Bolívia pela Petrobras e que a redução de volume observada tem sido compensada pela estatal com gás proveniente de outras fontes, sem qualquer impacto ao atendimento da demanda nacional.

Em 2020, Petrobras e a estatal boliviana YPFB fecharam um aditivo para extensão do contrato de importação de gás do país vizinho. A brasileira se comprometeu, na ocasião, a retirar entre 14 milhões e 20 milhões de m³ /dia.

A Bolívia, contudo, quer rever as condições do contrato — assinado durante o governo interino de Jeanine Áñez, após a renúncia de Evo Morales.

O atual governo de Luís Arce considera os termos do acordo com a Petrobras desvantajosos para a Bolívia, que estima perdas de US$ 60 milhões a US$ 80 milhões por ano ao país.

A expectativa entre os bolivianos é que as negociações sobre os preços do gás sejam concluídas em 2023.

Procurada, a Petrobras informou que está tomando as “medidas cabíveis visando o cumprimento do contrato pela YPFB”. A estatal brasileira afirmou que vem recebendo, em maio, volumes inferiores aos solicitados no contrato firmado com a YPFB, o que vem impactando o planejamento operacional da companhia. Segundo a empresa, a redução da ordem de 30% não estava prevista e demanda a importação de volumes adicionais de GNL para atendimento aos compromissos de fornecimento da estatal.


Petrobras recua

Diante das dificuldades de importar da Bolívia, a Petrobras decidiu, esta semana, retirar da mesa a proposta apresentada às distribuidoras dos estados que travam com ela uma disputa na Justiça em torno dos preços do gás.

Em reunião realizada na segunda-feira (16/5), com a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) e as concessionárias do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Alagoas, Minas Gerais, Ceará, Sergipe e Espírito Santo, a Petrobras informou que terá de aumentar a indexação do preço do gás ao petróleo para 2022, devido aos problemas com a importação da Bolívia.

A notícia pegou de surpresa os dirigentes das distribuidoras. A maioria estava em negociações adiantadas com a petroleira e esperava fechar o acordo em junho.

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Relembre: Na virada do ano, a Petrobras aumentou a indexação do preço do gás em relação ao petróleo, de 12% para 16,75% do barril do tipo Brent. Os acordos foram assinados, na ocasião, com validade de quatro anos. Após a judicialização desses contratos em alguns estados, a estatal abriu negociações com as concessionárias e, nas últimas semanas, propôs:

  • uma indexação de 12,6% do preço do Brent até dezembro de 2023; e de 12% a partir de janeiro de 2024;
  • contratos com validade de nove anos;
  • e critérios para redução dos volumes contratados junto à estatal ao longo do tempo., para 65% dos patamares iniciais a partir de 2026.

Segundo fontes, os representantes da Petrobras disseram que vão rever os termos, mas sinalizaram que a indexação do gás ao Brent continuará abaixo dos 13% e que o restante da proposta inicial, relativo ao tempo de contrato e à redução da curva de volume, será mantido.

“Eles disseram que estão recebendo menos gás da Bolívia, e que teriam de buscar outros supridores, o que vai encarecer o preço do gás. Não chega a ser uma tragédia para nós, mas é uma notícia ruim”, disse uma fonte do setor de distribuição, sob a condição de anonimato.

  • Naturgy aceita proposta da Justiça e espera desfecho sobre preço do gás TJRJ propôs que preço do gás da Petrobras seja indexado a 12,6% do preço do barril de óleo do tipo Brent até fim do ano

Atualizada, para inserir informações complementares da Petrobras.

André Ramalho

André Ramalho

Jornalista com 13 anos de experiência na cobertura do mercado de energia, é o editor responsável pelo site da agência epbr ✉️ [email protected]

Luiz Fernando Manso

Luiz Fernando Manso

Jornalista dedicado à cobertura dos bastidores da regulação dos mercados de petróleo, gás e energia ✉️ [email protected]

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