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O mercado global de gás natural liquefeito (GNL) deverá permanecer apertado este ano após a volatilidade de 2021, quando a demanda aumentou 6%, para 380 milhões de toneladas, e os preços atingiram recordes históricos, avaliou a Shell nessa segunda (21/2).
— “Os altos preços que estamos vendo estão sendo impulsionados por baixos níveis de armazenamento e incerteza de fornecimento”, disse Steve Hill, vice-presidente executivo de marketing de energia da Shell, informa a Reuters.
— Os preços do gás natural em todo o mundo dispararam no final do ano passado, combinando escassez de oferta, geração de energia renovável mais fraca e forte crescimento após a Covid-19. Os preços saíram de US$ 2/MMBtu em 2020 para recordes de US$ 56 em outubro passado. Atualmente, estão em cerca de US$ 25.
— O aumento dos preços do gás colocou cerca de 30 fornecedores britânicos de energia fora do mercado. E algumas empresas da indústria pesada reduziram a produção em setores intensivos em energia.
— Em janeiro, o número de embarcações transportando GNL em águas da Europa aumentou de forma acentuada, indicam dados de satélite. A causa foi o agravamento da crise na Ucrânia e como proteção a um corte de fornecimento por parte da Rússia.
— Segundo o Nikkei Asia, durante janeiro, uma média de 40 navios que transportam GNL estavam no Mar do Norte, nos mares Báltico e Mediterrâneo e nas águas ao longo da costa oeste da França. Esse número aumentou quase 70% em relação a janeiro do ano passado, quando 24 dessas embarcações cruzaram a região.
— E o cenário tende a piorar, já que os EUA e a União Europeia (UE) anunciaram, nessa segunda (21/2), que responderão com sanções à decisão da Rússia de reconhecer a independência das províncias de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, controladas por separatistas pró-Moscou. As sanções podem ter como retaliação o corte de fornecimento de gás por parte dos russos. Valor
— Os efeitos também devem ser sentidos no Brasil. A demanda de GNL triplicou em 2021, de 8,4 milhões para 26,1 milhões de m³/dia, para suprir o mercado elétrico por causa da crise hídrica. E embora a geração térmica tenha caído com a recuperação dos reservatórios, a pressão deverá continuar.
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Abicom volta ao Cade contra preços da Petrobras A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) quer entrar novamente com questionamento no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre os preços dos combustíveis praticados pela Petrobras.
— A entidade alega que a petroleira desrespeita o alinhamento ao preço de paridade de importação (PPI), compromisso assumido no termo de cessação de conduta (TCC) assinado com o órgão antitruste em 2019. Há pouco mais de dois anos, a Abicom também questionou o Cade sobre o tema.
— Segundo a Abicom, três tradings privadas (Tricon, Êxito e Flamma, da Mercuria) suspenderam as operações no Brasil, diante das dificuldades de concorrer com a estatal.
— Na semana passada, a associação apontou uma defasagem de 13% entre os preços da gasolina e do diesel cobrados pela Petrobras e os valores do mercado internacional. E embora os futuros do petróleo tenham registrado queda na última semana, após oitos semanas consecutivas de alta, a situação deve voltar a piorar.
— Isso porque o agravamento da tensão entre Rússia e Ucrânia fez o Brent registrar alta de 1,97% nessa segunda (21/2). O barril terminou a sessão negociado a US$ 95,39. Na manhã desta terça (22/2), o Brent chegou a US$ 99. O WTI não teve sessão regular, por ser feriado nos EUA. Valor
— E de acordo com Russell Hardy, CEO da Vitol Group, uma das maiores tradings de petróleo do mundo, o barril pode superar os US$ 100 e assim permanecer por um “período prolongado” nos próximos seis a nove meses, à medida que a demanda global atinge novos recordes este ano. Bloomberg
TotalEnergies anuncia descoberta na costa do Suriname A francesa TotalEnergies anunciou nessa segunda (21/2), uma “nova descoberta significativa de petróleo e gás” na costa do Suriname. A descoberta se deu no Bloco 58, uma das várias licenças de exploração que a petroleira detém naquele país. AFP
— A TotalEnergies anunciou outras descobertas no offshore do Suriname. Uma delas se deu em janeiro de 2020, no mesmo Bloco 58, associada ao sistema petrolífero da Guiana. A perfuração confirmou a presença de óleo leve, condensado e gás natural, em coluna de 123 metros (net-pay), em lâmina d’água de mil metros.
— Os dois países sul-americanos entraram na rota das petroleiras mundiais na década passada, quando a ExxonMobil anunciou grandes descobertas no offshore da Guiana.
Scania anuncia venda inédita no país de caminhões a GNL Após superar a marca de 600 caminhões a gás comercializados, a Scania anunciou a venda dos primeiros veículos movidos 100% a GNL no Brasil, para a Morada Logística. Foram adquiridos cinco caminhões a gás natural liquefeito, que serão entregues ao longo do ano.
— A Morada ainda adquiriu outros 25 caminhões Scania a gás (natural e/ou biometano). A empresa também investiu em caminhões elétricos, que hoje atuam em Campinas (SP) nas operações de carga fracionada.
Espanha e Dinamarca se opõem a considerar gás e nuclear como “verdes” Espanha e Dinamarca manifestaram nessa segunda (21/2) oposição a rotular o gás natural e a fonte termonuclear como energias “verdes” na União Europeia (UE).
— Os dois países acreditam que “identificar o gás e a energia nuclear como energias sustentáveis envia um sinal errado aos investidores e à sociedade como um todo”, disse o presidente espanhol, Pedro Sánchez. AFP
— Entre os países da UE, Áustria e Luxemburgo também se opuseram ao projeto da Comissão Europeia, chamado de “taxonomia verde”, de classificar como “sustentáveis” os investimentos em usinas nucleares e de gás. A Alemanha se opõe em parte: aceita apenas o gás.
Qair vai investir R$ 1,9 bi em novo parque solar no CE A francesa Qair vai dar a partida na construção de um parque solar de 440 MW, em Icó (CE). O investimento estimado é de cerca de R$ 1,9 bilhão. O início da operação é previsto para o final de 2023. A maior parte da energia gerada será destinada ao mercado livre.
— A Qair já investiu R$ 2,7 bilhões em quatro projetos eólicos e solares, com 600 MW no total, no Ceará e no Rio Grande do Norte. Com o novo investimento, a empresa atingirá capacidade de 1 GW no país. Valor
— Além dos investimentos nas fontes eólica e solar, a Qair é uma das 15 empresas que assinaram memorando de entendimento com o governo do Ceará para desenvolver projetos de hidrogênio verde (H2V) no Porto de Pecém.
CGT Eletrosul investirá R$ 2,1 bi no Parque Eólico Coxilha Negra A CGT Eletrosul e a WEG assinaram contrato para o fornecimento de 72 aerogeradores de 4,2 MW, fabricados no Brasil, bem como para serviços de logística, montagem e comissionamento, operação e manutenção dos equipamentos do Parque Eólico Coxilha Negra.
— O empreendimento será implantado em Sant’Ana do Livramento (RS) e terá capacidade instalada de 302,4 MW. Os investimentos no Parque Eólico Coxilha Negra estão estimados em R$ 2,1 bilhões.
Cosan e Porto Seguro recuam em investimento em mobilidade O grupo Cosan anunciou nessa segunda (21/2) a rescisão do acordo de investimento celebrado com a Porto Serviços, controlada da Porto Seguro, para a formação da joint venture para atuação em mobilidade, a Mobitech.
— O acordo previa um aporte de capital de R$ 300 milhões da Cosan na Mobitech, enquanto a Porto Seguro disponibilizaria seu negócio Carro Fácil, focado no ramo de assinatura de veículos. A Mobitech ofereceria modelos de assinatura de veículos, gestão de frotas para empresas, entre outras modalidades de locação de veículos.
— Segundo a Cosan, a companhia decidiu adotar uma diretriz mais conservadora, “tendo em vista o agravamento da conjuntura macroeconômica, resultando em níveis mais altos de inflação, escalada das taxas de juros e aumento do custo de capital”.
Novo diretor-geral da Itaipu Binacional toma posse Será realizada nesta terça (22/2), no Palácio Itamaraty, a cerimônia de transmissão de cargo de diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, de João Francisco Ferreira para o almirante Anatalicio Risden Junior. Risden assume o cargo de diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional após ocupar o cargo de diretor financeiro executivo da empresa.
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