RIO – O Rio de Janeiro tem potencial para liderar o desenvolvimento da eólica offshore no Brasil por abrigar há décadas a indústria de exploração de petróleo em águas profundas, disse o subsecretário de Energia e Economia do Mar do estado, Felipe Peixoto, nesta terça (26/3), em entrevista ao TotalEnergies Studio, produzido pela agência epbr na Brazil Offshore Wind Summit no Rio (veja a íntegra acima).
Segundo ele, a sinergia entre os setores vai facilitar a atração de projetos e investimentos para o estado, porque permite “otimizar recursos e maximizar os benefícios econômicos e ambientais da transição para as energias renováveis”.
“As empresas de petróleo estão no Rio de Janeiro, a Petrobras está no Rio de Janeiro. Então é inevitável, tendo em vista toda a estrutura que nós temos aqui, portuária de formação de mão de obra, que o Rio de Janeiro assuma esse protagonismo.”
Peixoto afirmou que a regulação é fundamental para garantir estabilidade aos investidores e destacou a aprovação do PL 576/2021, aprovado em dezembro na Câmara, de onde seguiu para o Senado.
O titular da pasta, Hugo Leal, que também é deputado pelo PSD, ocupa hoje a vice-presidência da Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados.
Acordos com Neoenergia, Prumo e Ocean Winds
Além dos desafios regulatórios e de planejamento espacial marítimo, Peixoto destaca a necessidade de coordenação entre os diversos atores envolvidos no desenvolvimento das eólicas offshore. E destaca a importância de acordos com empresas do setor e a realização de projetos piloto, visando não apenas a geração de energia, mas também a criação de empregos e o fortalecimento da economia local.
O governo fluminense assinou, nesta terça (26/3), memorando de entendimento (MoU) com a Neoenergia, para um projeto piloto de P&D para investigar o potencial eólico offshore no estado. O Rio possui acordos firmados também com a Ocean Winds, a Prumo Logística e o Porto do Açu.
Um grupo de trabalho vai realizar reuniões periódicas com diversos agentes econômicos do setor para desenvolver, no Porto do Açu, o projeto piloto.
Peixoto reafirma a posição geográfica vantajosa do estado pela proximidade ao centro de carga, reduzindo custos e o ‘problema de transmissão’. As energias renováveis produzidas no Nordeste, afirmou, enfrentam esse desafio. Peixoto lembrou que, essa semana, a Aneel irá realizar um novo leilão de transmissão para garantir o escoamento dessa geração.
E enfatizou a importância do alinhamento com o Governo Federal para o desenvolvimento de políticas públicas que deem segurança jurídica aos investidores.
“É uma questão de posicionamento de mercado mundial. Se o Brasil não assumir esse protagonismo nesse momento, a gente vai perder a oportunidade de estar na vanguarda de uma energia.”
Confira a cobertura do estúdio epbr na Brazil Offshore Wind Summit 2024
Leilão de eólica offshore precisa definir critérios qualitativos, diz Neoenergia
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