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O que muda na gestão empresarial quando se emite um título temático?

Laura AlbuquerqueLaura Albuquerque
9 de outubro de 2020 - Atualizado em 12 de abril de 2021
Em Biocombustíveis, Clima, Colunas e opinião
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O Brasil vem movimentando cerca de 8,8 bilhões de dólares em operações sustentáveis de crédito. Nelas, estão incluídos os Títulos Temáticos – também conhecidos como Títulos Verdes, Sociais, Sustentáveis etc. – geralmente no formato de uma debênture ou certificado de recebível e os Empréstimos com Taxas Pós Fixadas em resultados de indicadores ligados ao desempenho ESG (do inglês, Environmental, Social and Governance). 

Essas operações têm sido uma resposta do mercado à demanda corrente de investidores e da sociedade por uma maior responsabilidade no destino do seu capital e do propósito deste mesmo capital na busca de um alinhamento do uso de recurso ao requisito da sustentabilidade.

Esse é um mercado crescente no Brasil e na América Latina e exponencial no mundo, com estimativa para alcançar 350 bilhões de dólares em 2020. Além disso, a rotulagem de títulos ganhou força após 2015 com o Acordo de Paris, quando 195 países reconheceram o papel urgente da canalização de recursos para financiamento de ações de adaptação e mitigação à mudança do clima conforme artigos 2 e 9 do Acordo. 

No Brasil, o setor de energia tem sido o destino principal destes recursos rotulados com mais da metade dos recursos para projetos de geração de energia renovável [33%], transmissão [16%], bioenergia [8%] e armazenamento [2%], seguido de 14% para projetos florestais – manejo sustentável, reflorestamento e conservação –  de 8% para ecoeficiência, 6% para saneamento, entre outros como agropecuária e habitação popular.

Para que um rótulo temático exista em uma operação financeira de crédito, é essencial que as instituições emissoras da dívida apresentem integração dessa temática entre o recurso financeiro e às atividades que serão financiadas ou ao atingimento de metas ligadas ao desempenho ESG. É essencial que essa correlação seja tanto institucional, em termos de motivação e missão, quanto direcionada, em termos do conjunto de projetos ou iniciativas a serem financiados. 

O caminho que um emissor de dívida precisa seguir para comprovar o rótulo temático inclui atividades preparatórias para a emissão e ações de gestão que garantam a rastreabilidade do uso daquele recurso até o vencimento da dívida. Quanto mais o emissor estiver preparado em termos de conhecimento da sua maturidade ESG, mais fluido será o processo de sua emissão.

Caso contrário, haverá um esforço ainda maior de definição de materialidade e de governança corporativa para alinhar esse capital ao projeto sustentável. O investidor avalia se aquela emissão é um suspiro fora da estratégia corporativa e busca robustez na transparência do emissor.

A emissão de um título temático precisa refletir integração da gestão empresarial e possui três desafios principais:

  • desafio da gestão;
  • desafio da comunicação;
  • e o desafio do monitoramento;

Gestão

No desafio da gestão há barreiras internas de buy-in devido à necessidade de maior participação de diferentes áreas no processo como: tesouraria, sustentabilidade, projetos, financeiro e comunicação. Há um esforço de convencimento interno da corporação em relação ao maior custo de emissão de um título temático frente a um título tradicional (vanilla bond), pois há o custo de uma avaliação externa para rotulagem do título.

Isso ocorre principalmente em negócios que já possuem uma atividade essencialmente verde, por exemplo geração de energia renovável. Assim, o convencimento interno em relação às vantagens da emissão deste tipo é maior, mas tem sido vencido com argumentos como o acesso a novas bases de investidores diferenciados, que enxergam sustentabilidade como retorno de longo prazo, e por acesso os investidores de equity, além dos já investidores de crédito já acessados.

Comunicação

O sucesso de uma comunicação efetiva para o mercado é um reflexo direto da integração dos processos internos. O anúncio para mercado e documentação de apoio, como o Bond Framework – documento público elaborado pelo emissor que deve refletir fielmente como será alocação do recurso e antecipar como será sua gestão e monitoramento ao longo do financiamento – trazem aspectos desde os critérios para seleção e inclusão de projetos aos indicadores que apresentarão os benefícios de sustentabilidade (sociais e/ou ambientais) daqueles projetos, individualmente ou para o portfólio.

A cada dia, percebe-se que além da característica sustentável dos projetos, os investidores querem acessar as comunicações das emissões e identificar claramente que existe um compromisso de política institucional contínuo da instituição emissora e que aquela emissão faz parte de uma estratégia maior e não é isolada. Assim, um Framework bem estruturado, referenciado, rastreável e transparente é essencial para que a operação de crédito sustentável ganhe confiança dos investidores.

Monitoramento

Esse desafio começa logo após a emissão, pois é quando o emissor traduz em prática os indicadores informados ao mercado. É essencial que se tenha um monitoramento robusto e confiável, ao longo de toda a dívida, do uso dos recursos, sua alocação e dos indicadores de sustentabilidade para os projetos ou portfolio indicados pelo emissor.

O resultado dos indicadores do monitoramento é o que permitirá que o impacto positivo da emissão da dívida seja traduzido e transparecido aos investidores. Cada emissão de dívida terá seu respectivo conjunto de indicadores monitorados com frequência a ser definida pelo emissor e comunicado regularmente ao mercado. A prática comum destes comunicados tem sido anual. Ferramentas automatizadas de monitoramento de indicadores aceleram o processo de consolidação de indicadores, seu relato e consequentemente facilitam a comunicação para o mercado.

O mercado brasileiro de crédito sustentável ainda está amadurecendo, nesse contexto há ainda no curto prazo inúmeras discussões sobre taxonomia e metodologia da classificação e rotulagem desses créditos.

Entretanto, no médio prazo a estruturação e padronização da etapa de monitoramento será a mais crítica pois apenas ela viabiliza ganho de confiança para o mercado investir com transparência com base nos resultados de impacto.

Emissores de dívida destes tipos, tem precisado de apoio de consultorias especializadas e experientes para ultrapassar cada um dos desafios acima. A WayCarbon acompanha esse mercado de perto e vem apoiando diagnósticos e comunicações empresariais para investidores, definição de indicadores e metas de sustentabilidade, implementando soluções de software as a service (SaS) para ganhos de eficiência operacional no setor privado e no setor público dentre outras ferramentas para setor financeiro.

As etapas completas para emissão de título temático e os tipos de projetos elegíveis foram abordados em um artigo na Capital Aberto aqui.

Saiba mais

  • Laboratório de Inovação Financeira (LAB)
  • Green Bonds – Ecosystem, Issuance Process and Regional Perspectives Brazil Edition
  • Green Finance LAC Platform (GFL)
  • Guia para Emissão de Títulos Verdes no Brasil, da Febraban
  • Climas, WayCarbon

Laura Albuquerque é gerente técnica da WayCarbon. É engenheira química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em planejamento energético pela COPPE/UFRJ.

Tudo sobre: Acordo de ParisBioenergiaGases de Efeito Estufa (GEE)Mercado financeiro

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