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Capa Estratégia ESG

O que falta para termos mais mulheres em cargos de liderança?

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, no ritmo atual, o mundo levará 99 anos e meio para acabar com a lacuna da igualdade de gênero

porRenata Isfer
8 de março de 2021
Em Estratégia ESG

O tema diversidade e inclusão nunca esteve tão em voga. Quem frequenta o LinkedIN, percebe muitos posts e iniciativas de empresas sobre o tema. Especialmente no Mês das Mulheres, são realizados diversos eventos voltados para a questão (embora ainda existam alguns com pautas como planejamento de cardápios só para mulheres, em pleno 2021). No entanto, na prática, não vemos avanços substanciais, pois 60% das empresas não possuem mulheres em seu Conselho de Administração (CRUNCHBASE, 2019) e, no Brasil, apenas 13% têm mulheres como CEO (INSPER, 2019). De acordo com o Fórum Econômico Mundial, no ritmo atual, o mundo levará 99 anos e meio para acabar com a lacuna da igualdade de gênero (GLOBAL GENDER GAP REPORT, 2020). É muito tempo. Portanto, cabe indagar o que está faltando para acelerar o processo.

A resposta é simples. Falta vontade. Vontade de efetivamente mudar essa realidade. Em alguns casos, as pessoas não buscam mudanças porque não enxergam a necessidade. Não conhecem conceitos e estudos relacionados a vieses inconscientes e racismo estrutural e, talvez por acreditarem equivocadamente que todos têm as mesmas oportunidades, creem que nada precisa ser alterado. Em outros, há um mecanismo de defesa contra a perda de espaços e de privilégios de quem é favorecido pela realidade atual. Em muitos casos, as pessoas simplesmente não sabem o que podem fazer para ajudar.

Comecei a estudar sobre equidade de gênero muito recentemente, em 2018. Só então percebi que não era mimimi e que efetivamente existem mais obstáculos para o crescimento profissional de mulheres e de minorais do que para homens brancos. Percebi que no meu próprio time, todos os principais cargos eram ocupados por homens. 

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Em um curso sobre liderança feminina, perguntei o que precisava fazer para contratar mais mulheres, pois, afinal, apenas homens me mandavam currículos e os colegas homens geralmente acabavam indicando outros homens para as posições disponíveis. A resposta que recebi foi: “Basta você ter a intenção de colocar uma mulher na próxima vaga que surgir e buscar mulheres que preencham todos os requisitos necessários para a vaga até encontrar uma, pois não faltam mulheres preparadas e disponíveis”. De fato, não falta. Como membro da Advocacia Geral da União (AGU), verifiquei que cerca de 45% dos colegas são do sexo feminino e foi fácil nomear uma procuradora federal super competente e com experiência no setor para o primeiro cargo que surgiu. A partir de então, meu time passou a sempre contar aproximadamente 50% de mulheres nos principais cargos.

Na linha de tentar fazer minha parte para dar visibilidade a mulheres preparadas e competentes, ainda em 2018 criei com a Agnes da Costa o Projeto Sim, Elas Existem! Nesse projeto, buscamos mostrar que, caso efetivamente exista interesse em nomear e contratar mulheres para cargos de liderança, existem muitas com esse perfil, mesmo no mercado de energia e de petróleo, que tradicionalmente possuem forte maioria de homens. 

Existem exemplos de casos reais em que a intenção verdadeira de montar uma equipe com diversidade foi concretizada. O recém eleito Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou muitas mulheres e negros nos principais cargos do governo. A própria Secretária de Energia é uma mulher, Jennifer Granholm. Dentre as empresas de grande porte, podemos citar a atual gestão da alta administração da Equinor Brasil, que tem 50% de mulheres em sua composição. O fato é que, existindo a vontade, não faltam mulheres capazes para assumir essa frente e liderar o avanço.

Nunca é demais ressaltar que ter times mais diversos é bom para a própria empresa. A Ernst Young aponta que ter 30% de mulheres tende a somar 6 pontos à margem líquida de uma empresa (EY, 2019). A equidade de gênero agrega, em média, 21% ao lucro e afeta a imagem da empresa juntos aos clientes e à sociedade (LHH, 2018). Vale lembrar que a maior parte das decisões de consumo são realizadas por mulheres e dificilmente um grupo de executivos homogêneo saberá como acessar esse mercado melhor do que um grupo diverso e com equidade de gênero.

Eu vejo que muitas empresas têm se esforçado para fazer campanhas em prol de diversidade e inclusão. Apesar disso, mesmo algumas delas que ganham prêmios por esses projetos não possuem grande representatividade nos seus Conselhos de Administração e Diretorias. O meu desafio para o Dia da Mulher é que os responsáveis pela seleção de executivos efetivamente busquem mulheres capazes para os cargos de alta liderança no momento da contratação. Peçam indicações, orientem seus headhunters, mas não usem o argumento de que não há mulher disponíveis no mercado pois, se há algo que aprendi nesses últimos anos é que sim, elas existem!


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