RIO – O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou oficialmente à Petrobras a lista de indicados ao conselho de administração para a eleição marcada em 25 de abril, na Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas.
Iniciou, assim, a recondução de todos os seis atuais conselheiros indicados pela União. São eles:
- Pietro Mendes, indicado novamente para presidir o CA, agora por mais dois anos;
- Jean Paul Prates, o CEO da estatal;
- Vitor Saback;
- Renato Galuppo
- Bruno Moretti
- Sergio Machado Rezende
Essas informações foram antecipadas em 1º de fevereiro pelo político epbr, serviço premium de informações sobre política energética da agência epbr (teste grátis por 7 dias).
Além desses seis, o governo também indicou mais outros dois nomes:
- Benjamin Rabello Filho, presidente do Comitê de Investimentos (COINV) da Petrobras, eleito em 2023. Foi assessor do desembargador Pedro Aleixo Neto no TJMG (2015-2016); diretor da Imprensa Oficial de MG (2013-2015) e Juiz titular do TRE do estado (2009-2011);
- E Ivanyra Correia, nome com experiência como conselheira de diversas empresas no mercado financeiro, de infraestrutura e energia, com mandatos ou passagens por Bradesco, Statkraft, empresas do grupo Zurich e Votorantim.
Silveira emplaca trio
Pietro Mendes, Saback e Galuppo são nomes ligados ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Pietro Mendes é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, enquanto Saback é secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral.
Renato Galuppo foi conselheiro da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e é também uma indicação do ministro.
Galuppo assumiu uma vaga no conselho em janeiro, após a saída de Efrain da Cruz, ex-secretário executivo que foi exonerado do MME. Ele já havia atuado como membro de um dos comitês de assessoramento do conselho da Petrobras. O mandato é temporário, até a AGO que já estava prevista para abril.
Havia dúvidas se Prates tentaria emplacar nomes ligados ao PT no conselho, com especulações em torno do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e da secretária-executiva da Casa Civil Miriam Belchior. Prates negou as especulações.
Conselho da Petrobras terá ao menos uma renovação
O governo totaliza oito indicações, mas, com a expectativa, com base no histórico recente dos votos múltiplos, é eleger seis nomes para compor o colegiado.
Entenda: Quando o voto múltiplo é acionado, a chapa apresentada pelo governo é desfeita. Nesse caso, são eleitos os nomes mais votados individualmente, e não em bloco, dentre os nomes indicados pelo controlador e pelos minoritários.
Ao todo, o conselho da Petrobras tem 11 vagas. Os outros cinco nomes que compõem o grupo da Petrobras representam os acionistas minoritários e os empregados da estatal.
Está prevista ao menos uma renovação entre os representantes dos minoritários, já que o conselheiro Marcelo Mesquita não poderá mais ser reconduzido, por ser membro desde 2016.
- Para aprofundar: Minoritários disputam enquanto nomes do governo avançam na Petrobras
A expectativa é que o banqueiro José Abdalla Filho e o advogado Marcelo Gasparino terão os votos para se reeleger. O outro representante dos minoritários é o economista e advogado Francisco Petros.
A AGO está prevista para 25 de abril. Até lá, os nomes precisam passar pela análise do Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras, órgão consultivo. Mesmo com a avaliação do comitê, a decisão da assembleia é soberana.