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Hesitação de Trump pode fortalecer o Irã na reunião da OPEP

porInvesting.com
19 de junho de 2019
Em Colunas e opinião, Internacional, Mercado, Petróleo e gás

Por Barani Krishnan

Quando o ministro do petróleo iraniano, Bijan Zanganeh, olhar para seus pares da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU) na reunião da Opep em julho, provavelmente estará com um ar de satisfação pelo fato de seus maiores rivais no cartel não terem conseguido deter as exportações petrolíferas da República Islâmica nem suas ambições nucleares, apesar dos seus melhores esforços.

Depois de um ano de algumas das mais duras sanções já aplicadas pelos EUA, Teerã ainda consegue exportar seu petróleo de forma dissimulada para determinados compradores ao redor do mundo. O país também é capaz de enriquecer urânio internamente.

Um Irã fortalecido pode complicar as coisas para a Opep no mês que vem. O país árabe pode usar sua posição como um dos cinco membros fundadores originais do cartel para evitar que o grupo de 14 nações chegue a um consenso facilmente, já que a Opep geralmente segue a direção indicada pelo ministro de energia saudita, Khalid al-Falih, e por seu colega dos EAU, Suhail al-Mazroui.

Como único pacto de suporte à commodity a sobreviver no mundo, a Opep já dura cerca de cinco décadas graças à diplomacia a portas fechadas. Arquirrivais, como Arábia Saudita e Irã, tiveram que tomar decisões para o bem comum do grupo, que nos últimos anos deu as boas-vindas a poderosos aliados externos, como a Rússia.

Teerã tem se recusado a deixar a Opep, apesar de ter sido abandonado por Riad e Abu Dábi em meio às sanções norte-americanas, inclusive após os dois países terem conspirado com Washington para aumentar seu sofrimento. Nas últimas semanas, no entanto, o Irã também deu à Opep um gostinho de como pode dificultar as coisas para o cartel, ao reter o acordo para remarcar uma reunião originalmente agendada para junho.

Teerã fortalecido pelas inconsistências de Trump

O Irã consegue fazer tudo isso em parte por causa das inconsistências do homem que tenta isolar a República Islâmica do resto do mundo neste momento: o presidente dos EUA, Donald Trump.

Em uma entrevista à revisão TIME na segunda-feira, Trump recuou em relação às alegações feitas por membros do seu governo de que o Irã era responsável pelos ataques da semana passada a dois navios-tanque no Golfo de Omã, além de outras ofensivas contra ativos de energia da Arábia Saudita e EAU no mês passado. O presidente afirmou que acredita que o papel do Irã nesses ataques tenha sido “bem pequeno”.

O Washington Post, enquanto isso, informou na terça-feira que o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, havia emitido alertas privados a líderes iranianos de que qualquer ataque de Teerã ou de seus representantes que causasse a morte de um único membro do serviço americano provocaria um contra-ataque militar. E o Secretário de Defesa em exercício, Patrick Shanahan, afirmou que havia autorizado aproximadamente 1.000 tropas adicionais para “fins defensivos” no Oriente Médio, um dia antes da sua abrupta renúncia ser divulgada por Trump na terça-feira.

Entretanto, na última semana, Trump demonstrou um posicionamento mais ameno com o Irã, para dizer o mínimo. Dias antes dos ataques aos navios-tanque no Golfo de Omã, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, viajou a Teerã com a tácita aprovação do presidente dos EUA, a fim de tentar convencer o premiê iraniano, Hassan Rouhani, e o líder supremo do país, o aiatolá Allah Khamenei, a selarem a paz com Washington. Depois de essa tentativa ter fracassado miseravelmente, Trump agradeceu Abe pelo esforço e foi gentil com o Irã, apesar do desprezo que o país árabe tem pelo líder norte-americano:

“Eu pessoalmente acho que é cedo demais para começar a falar em acordo. Eles não estão prontos, nem a gente!”, tuitou o presidente.

Khamenei disse muito mais, contando a Abe que não acreditava que Trump fosse “digno de uma troca de mensagens”, e não esperava “qualquer resposta dele, agora ou no futuro”.

Quando as imagens das chamas dos navios-tanque atingidos no Golfo começaram a circular pelo mundo, foi Pompeo quem apontou o dedo para Teerã, e não Trump.

O Irã, enquanto isso, subiu o tom contra os EUA na terça-feira ao anunciar uma escalada em seu programa nuclear que, em 10 dias, violará o limite de estoque de urânio enriquecido definido pelo acordo nuclear de 2015 com potências mundiais.

Qual é a cartada final de Trump no caso do Irã?

Toda essa moderação por parte de Trump levanta a seguinte questão: qual seria sua cartada final em relação ao Irã?

Ao que parece, tudo o que o presidente realmente deseja é um novo acordo nuclear com o Irã antes da sua campanha de reeleição em 2020 – um pacto capaz de impulsionar seu destino político, juntamente com o acordo comercial que está tentando firmar com a China.

Se isso não for possível, ele precisará evitar uma guerra com o Irã a todo custo para garantir que os preços do petróleo não disparem. Por mais incrível que pareça, provavelmente essa é a maior motivação de Trump, e não sua própria versão do acordo nuclear de 2015 entre o governo Obama e o Irã, o qual Trump fez questão de rasgar há um ano. Há mais de um ano, o presidente fez do combate aos preços altos do petróleo – e da gasolina nas bombas dos EUA – uma das suas principais prioridades, uma vez que seu impacto negativo é historicamente conhecido sobre os presidentes que se candidatam à reeleição.

Trump demonstrou uma surpreendente indiferença com a segurança das ofertas petrolíferas no Oriente Médio em sua entrevista à TIME ao dizer que poderia realizar uma ação militar para evitar que o Irã conseguisse uma arma nuclear, mas não para proteger a oferta petrolífera internacional.

Dias antes, o ministro de energia da Arábia Saudita havia expressado sua esperança de que as potências mundiais – uma referência tácita aos EUA – fariam o que fosse necessário para garantir a segurança das rotas de transporte de petróleo.

Embora os EUA tenham mantido uma imponente missão militar no Oriente Médio desde os ataques, a própria perspectiva de Trump sugere que houve quase uma reconsideração da política norte-americana na região, para não dizer da sua relação histórica com os sauditas. O presidente afirmou:

“Tivemos um enorme progresso em energia nos últimos dois anos e meio… Agora somos exportadores de energia.”

Ainda segundo o presidente:

“Não estamos na posição que costumávamos ter no Oriente Médio… Algumas pessoas diziam que estávamos lá pelo petróleo.”

A última linha pode reforçar o ar de satisfação do ministro do petróleo do Irã quando ele se encontrar com seus pares da Arábia Saudita e EAU daqui a algumas semanas

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