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As estratégias para descarbonizar a produção de cana e torná-la mais competitiva

Nayara MachadoeGabriel Chiappini
25 de março de 2021
Em Combustíveis, Diálogos da Transição
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Diálogos da Transição

epbr.com.br | 25/03/21
Apresentada por

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Editada por Nayara Machado
[email protected]


A redução da pegada de carbono da produção de bioenergia da cana-de-açúcar é parte de uma estratégia para dar competitividade ao produto e torná-lo mais atrativo, diante da força da eletrificação como alternativa de transição desse mercado.

Neste sentido, entram em cena trabalhos para mudança de uso da terra, práticas de manejo conservacionistas e adoção de tecnologias de captura e armazenamento de carbono.

Estudo desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) mostra que a conversão de pastagens degradadas em plantações de cana auxilia na recuperação de solos e aumenta a captura de carbono.

“Quando se faz a conversão de uma pastagem para o cultivo da cana, há uma captura de uma a duas toneladas de carbono por hectare por ano a mais. Além disso, a conversão reverte o processo de degradação, permitindo a ciclagem de nutrientes no solo”, explica o coordenador da pesquisa, Maurício Roberto Cherubin.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 170 milhões de hectares de pastagens utilizadas para pecuária extensiva, com menos de um animal por hectare. Calcula-se que cerca de 25% dessa área apresenta degradação severa.

“Se nós considerarmos a conversão de apenas 1% da área de pastagem do país, o incremento na produção de cana-de-açúcar no Brasil seria de 20%”, conta Cherubin.

Para o pesquisador, ainda há um certo descrédito quando o assunto é sustentabilidade no setor sucroalcooleiro e esse estudo vem mostrar com base científica que a produção de bioenergia a partir de cana-de-açúcar pode ser sustentável.

“A comunidade internacional tem uma série de ressalvas à mudança de uso da terra e expansão do aumento área de cultivo de cana-de-açúcar, que muitas vezes se associa ao desmatamento. E isso não é verdade”.

Os números mostram que, nas últimas décadas, apenas 0,6% da expansão de cana se deu em áreas de vegetação nativa. Enquanto 70% ocorreu em áreas de pastagem, e o restante em conversão de outras culturas.

Uma preocupação constante dos ambientalistas, contudo, é a degradação indireta – o risco de culturas com critérios de sustentabilidade empurrarem atividades que ameaçam as florestas nativas para novas áreas.

Atualmente, 92% da produção da cana está na região Centro-Sul, abrangendo cerca de 9 milhões de hectares.

Cherubin explica que, de acordo com outros estudos preliminares, há 20 milhões de hectares de áreas de pastagem aptas para receber cultivo, considerando condições climáticas e de solo, e que não incluem áreas de preservação natural.

Redução de CO2 no manejo

O artigo também se dedicou a debater a melhora das práticas de manejo nos últimos anos. A principal mudança observada foi a eliminação da queima da palha pré-colheita.

Hoje, 97% das áreas são colhidas sem queima, o que também evita a emissão de CO2 e a esterilização da camada superficial do solo.

“Atualmente, se utiliza parte dessa palha para produzir bioenergia, de etanol de segunda geração, e parte dela é mantida no solo para captura de carbono e manutenção de nutrientes”, afirma Cherubin.


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Bioenergia com captura e armazenamento de carbono

Há também estudos para aplicação de tecnologias de captura e armazenamento de carbono, conhecida como CCS (Carbon Capture and Storage).

Considerada já há algum tempo principalmente para as empresas de energia fóssil, como uma forma de reduzir a emissão de CO2 a partir dos combustíveis de petróleo, a tecnologia poderia ser aplicada também à produção de bioenergia (BECCS).

“A lógica é separar o CO2 que é produzido pela combustão de um combustível, e direcionar para alguma aplicação ou enterrá-lo, por exemplo, em algum reservatório”, explica Joaquim Seabra, doutor em Planejamento de Sistemas Energéticos e professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp.

A ideia geral é retornar o carbono para onde ele estava estocado, embaixo da terra, e assim evitar que ele seja lançado na atmosfera.

Para Seabra, em um sistema que usa biomassa, a vantagem estratégica está no fato de que, para crescer, a biomassa usa o carbono presente na atmosfera para fazer fotossíntese.

“Nesse caso eu estou efetivamente retirando CO2 da atmosfera. Então, do ponto de vista climático, é uma grande contribuição”, destaca.

Outra vantagem da biomassa seria a facilidade de separação do CO2 no processo de fermentação.

“[Na produção de etanol] eu fermento o caldo da cana e, no processo de fermentação, eu tenho o CO2 como um coproduto. Ele sai junto com o etanol e praticamente puro. Então, não exige nenhum tipo de investimento sofisticado para separar e concentrar o CO2. Ele já está prontinho e pode ser direcionado para uma aplicação industrial ou ser direcionado de novo para debaixo da terra”, detalha o professor.

Embora o processo de captura de carbono no processo de fermentação seja menos custoso que a captura na combustão, ambos os processos ainda esbarram em custos financeiros e energéticos, e dependerão de incentivos para ganhar escala.

“Internacionalmente, a gente já tem iniciativas acontecendo. Mas para que isso ganhe escala é preciso que haja um comprometimento sério com as metas de mitigação de emissão. Muito possivelmente, nós iremos precisar da remuneração adequada do CO2”.

No Brasil, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) já prevê um bônus de até 20% sobre a Nota de Eficiência Energético-Ambiental quando houver comprovação de emissão negativa de gases de efeito estufa no ciclo de vida do biocombustível.

Na avaliação de Seabra, isso favorece economicamente a adoção da tecnologia e seria uma das formas de viabilizar a captura, mas ainda serão necessárias outras estratégias, como a valorização do mercado de carbono, por exemplo.


Curtas

Os preços dos óleos vegetais no mundo estão próximos de atingir um pico, mas poderão demorar para retornar a níveis anteriores, devido aos estoques baixos, à lenta recuperação na produção e ao aumento no uso para a fabricação de biocombustíveis…

…Importantes valores de referência para os óleos vegetais, como os dos óleos de palma e soja, provavelmente já alcançaram um pico em 2021, registrando os maiores níveis em vários anos. Reuters

A proposta do Banco Central para definir os critérios de classificação de “empreendimentos sustentáveis” para o crédito rural entrou na mira de entidades que avaliam abertura de brechas para financiamentos de projetos social e ambientalmente problemáticos. Já o BC alega que o objetivo é fechar ainda mais o cerco a atividades nocivas no campo. Broadcast Agro

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Geoergieva, revelou nesta quarta (24) que a instituição trabalha para auxiliar países na identificação de riscos financeiros associados às mudanças climáticas. Segundo ela, o órgão pretende incluir métricas relacionadas ao clima nas análises macroeconômicas das nações. UOL/Estadão

A Copel, estatal de energia do Paraná, planeja avançar em geração solar, instalando usinas fotovoltaicas em áreas já ocupadas por parques eólicos. Em 1º de março, entraram em operação as primeiras três unidades da Usina Solar Fotovoltaica Bandeirantes. A promessa é de que outras três comecem a funcionar ainda neste ano, totalizando 5,36 MWp de potência instalada. Tecmundo

O CEBDS lançou hoje (25) a Visão 2050, estudo estratégico que aponta como será o futuro em temas relacionados à agenda ESG. O documento aponta para um futuro em que os elementos geradores de vida ocupam lugar central na economia (água, terra, ar, alimentos, etc). Mostra, ainda, qual o cenário atual, onde estaremos em 2030 e o que precisa ser feito até 2050. Lançamento no YouTube

A norte-americana ADM anunciou esta semana que pretende eliminar o desflorestamento de todas as suas cadeias de suprimento até 2030. A meta faz parte da nova política para proteger florestas, biodiversidade e comunidades, atualizando a política anterior, publicada em 2015. Broadcast Agro


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