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Por falta de condicionantes, estímulos do G20 vão beneficiar fontes fósseis

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20 de novembro de 2020
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Diálogos da Transição

Apresentada por

Editada por Nayara Machado
nayara.machado@epbr.com.br

Os governos precisam acelerar o abandono aos combustíveis fósseis para cumprir as metas do Acordo de Paris e estabelecer condicionantes climáticas nos pacotes de estímulo à recuperação econômica no pós-pandemia, alerta o relatório Climate Transparency 2020 (.pdf).

Os pesquisadores indicam que a ação coletiva do G20 – que representa 75% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) – é insuficiente para evitar níveis perigosos de aquecimento global.

Além disso, os trilhões de dólares dos pacotes de estímulo econômico correm o risco de beneficiar as energias fósseis.

O lançamento do relatório acontece às vésperas da cúpula do G20. Nos próximos dias 20 e 21 de novembro, chefes de Estado e de governo das 20 nações mais ricas do mundo se reúnem para discutir as “consequências da pandemia” e “medidas para relançar a economia mundial”.

Fruto de uma colaboração anual entre 14 grandes institutos de pesquisa, o estudo avaliou o desempenho climático dos países do bloco no ano passado e os impactos das respostas econômicas à pandemia covid-19.

Segundo o estudo, treze países apresentaram planos de resgate de companhias aéreas sem nenhuma contrapartida climática, enquanto metade está subsidiando os setores de gás e carvão.


As respostas de estímulo do G20

  • Dez países estão fornecendo suporte ao setor de carvão e 10 apoiam o setor de gás;
  • Nove países estão apoiando o setor de petróleo;
  • 14 países socorreram suas companhias aéreas nacionais sem condições anexadas – apenas a França incluiu contrapartidas ambientais;
  • Sete países estão fornecendo suporte incondicional para a indústria automobilística – apenas Alemanha e França incluíram contrapartidas ambientais;

Foco principal do Climate Transparency, as emissões de CO2 dos setores de energia do G20 caíram pela primeira vez em função do crescimento das energias renováveis e de políticas ambientais em 2019 – e não por choques externos, como na crise financeira de 2008.

Apesar de a instalação de energia limpa estar crescendo de modo sustentado em todas as nações do G20, o abastecimento de energia elétrica continuou fortemente atrelado a combustíveis fósseis (81,5%) no ano passado.

Para 2020, o Climate Transparency projeta as renováveis alcançando uma fatia de quase 28% das fontes totais de energia, incluindo Rússia e Arábia Saudita – as duas únicas economias que não têm políticas de incentivo à energia limpa.

Mesmo com China, Japão e Coréia do Sul aderindo recentemente à corrida pela neutralidade de carbono até 2050, o relatório identifica a necessidade de metas climáticas mais duras.

“Antes da pandemia, os resultados da ação climática estavam se concretizando em alguns setores relacionados à energia e a crise consolidou essas tendências”, avalia Jorge Villarreal, diretor da Iniciativa Climática de México.

Para Villarreal, sem novas ações climáticas, a redução de emissões será temporária.

“As escolhas políticas nos próximos meses determinarão se os países do G20 conseguirão dobrar a curva de emissões de forma sustentável”, comenta.


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O Brasil está entre os países mais vulneráveis aos eventos extremos. Embora não seja o foco da análise, o desmatamento foi o principal ponto de preocupação do relatório sobre as emissões brasileiras.

“Entre 2012 e 2019, o nível de desmatamento cresceu 122%. Se o desmatamento fugir de controle, as metas estipuladas pelo Brasil em sua NDC não serão alcançadas”, explica William Wills, que liderou a produção do capítulo brasileiro do relatório.

“O país precisa reestabelecer e fortalecer suas políticas de combate ao desmatamento ilegal”, alerta o pesquisador sênior do CentroClima/COPPE/UFRJ.

Eventos extremos que já estão sendo intensificados pelas mudanças climáticas se tornarão mais mortais em um cenário de aquecimento da atmosfera acima de 1,5°C, assim como na Austrália, França, Itália, México, Turquia, Índia, Arábia Saudita e África do Sul.

Neste grupo, apenas a Arábia Saudita não apresentou um plano de adaptação.

Cientistas calculam que, nos últimos 20 anos, eles perderam aproximadamente 220 mil vidas e 2,6 trilhões de dólares em decorrência de eventos meteorológicos severos, como ondas de calor, inundações, estiagens e queimadas nos países do bloco.


Por fim, respostas mais sustentáveis à crise da covid-19 podem ser usadas para alinhar a recuperação com os objetivos de longo prazo, indica o Climate Transparency Report.

O documento propõe cinco princípios para traçar uma “saída da crise inteligente para o clima”, protegendo e criando empregos, apoiando o crescimento econômico e aumentando resiliência dos países.

  • Direcionar investimentos para infraestrutura para acelerar as transições de energia, incluindo energia renovável, infraestrutura de armazenamento e transmissão, e transporte e indústria de carbono zero;
  • Investir em soluções baseadas na natureza como oportunidades para a criação de empregos resilientes – especialmente para populações rurais vulneráveis;
  • Investir em educação e P&D para apoiar o emprego imediato e consolidação das indústrias verdes;
  • Resgates condicionais podem proteger empregos, entre outros benefícios públicos e alinhar as empresas com os compromissos climáticos de longo prazo;
  • Reforçar a políticas, regulamentações e incentivos para apoiar uma transição sustentável.

Curtas

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou um plano para transformar o Reino Unido no principal centro mundial para tecnologia e finanças verdes e zerar as emissões de carbono britânicas até 2050. O projeto, baseado em dez pontos principais, pretende mobilizar £ 12 bilhões em investimentos do governo e quer atrair três vezes em capital privado, além de viabilizar 250 mil empregos verdes. epbr

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também apresentou nesta quinta (18) um projeto para zerar as emissões de carbono do país até 2050. O projeto obrigará que os futuros governos do Canadá estabeleçam metas a cada cinco anos para atingir o objetivo final, começando em 2030. Valor

A implantação de programas de pagamento por serviços ambientais, como o Floresta+, tem sido uma das estratégias do governo federal brasileiro para atrair recursos e amenizar os danos à imagem do país na agenda ambiental. Mas especialistas questionam o que está sendo colocado em prática e apontam falta de transparência do Ministério do Meio Ambiente (MMA)…

…“Há necessidade de maior transparência e de garantir a participação dos beneficiários, como os povos indígenas, agricultores familiares e médios produtores, em discutir em conjunto com o governo sobre critérios de seleção”, explica Paula Bernasconi, coordenadora do programa Incentivos Econômicos para Conservação do Instituto Centro de Vida. Globo Rural

Produtores de biodiesel divergem quanto a resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) desta quarta (18), que autorizou a importação de matéria-prima para produção do biocombustível. A medida do Ministério de Minas e Energia (MME) tenta restabelecer a normalidade na oferta de óleo de soja para produção de biodiesel no Brasil. epbr

A Brasilcom decidiu dar prosseguimento à disputa na Justiça pela redução das metas de aquisição de créditos de carbono (CBIOs), do Renovabio, após a decisão do Tribunal Federal de Brasília (TRF-1), que esta semana derrubou o mandado de segurança conquistado pela associação, em primeira instância. epbr



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