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Os efeitos da guerra de preços do petróleo no mercado de gás natural liquefeito

porGustavo Gaudarde
9 de março de 2020
Em Diálogos da Transição, Transição energética

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Diálogos da Transição

apresentada por


Quem faz
Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
[email protected]

A crise instalada pelo rompimento do acordo de controle de produção entre Arábia Saudita e Rússia, que faz os preços do petróleo despencarem nesta segunda (9), já começa a levantar questionamentos sobre o impacto nos investimentos voltados à transição energética, em especial no mercado de gás natural.

Primeira questão a ser respondida é se o novo patamar de preço veio para ficar. O Goldman Sachs afirmou nesta segunda (9) que os preços de referência do petróleo serão de US$ 30 por barril, com possibilidade de cair para US$ 20, nos próximos dois trimestres.

“Nós acreditamos que uma guerra de preços entre a OPEP e a Rússia, o grupo chamado OPEP+, começou efetivamente neste fim de semana”. Até o fechamento desta edição, os futuros do Brent atingiram a mínima de US$ 31,02, queda de 31,5%, na abertura do mercado londrino e eram negociados com perdas de cerca de 20%.

Um efeito imediato será no mercado de GNL. Está claro que as ações de Arábia Saudita e Rússia têm um alvo em comum: a produção não convencional de óleo dos EUA (shale oil e tight oil), mais caro e de difícil sustentação em um cenário de preços deprimidos.

A persistência dos preços baixos terá reflexos, portanto, na produção de gás natural não-convencional americano, que se volta cada vez mais para o mercado internacional, com potencial para se tornar um dos principais supridores globais nesta década.

Há cerca de duas semanas, a Petroleum Economist, inclusive, antecipou o termo amplamente utilizado para descrever o caos desta segunda: Rússia está vencendo os EUA na guerra de preços do GNL (em tradução livre), destacando que a partir de uma política de preços agressiva, o GNL russo se tornou o segundo mais consumido na Europa, em 2019, superando os americanos e levantando barreiras para novos supridores.

Com a queda nos preços do petróleo, será a vez de consumidores asiáticos sentirem um alívio, em especial pela grande quantidade de contratos de longo prazo associados aos preços do petróleo. O temor, contudo, é o efeito nocivo de concentração da oferta no médio prazo.

“Com os futuros do Brent para entrega em um mês na mínima desde 11 de fevereiro de 2016, os preços baixos também podem afetar as negociações de contratos de longo prazo que expiram nos próximos 2 a 3 anos e a contração de nova oferta de GNL, na medida que novos projetos são lançados em países como Filipinas, Vietnã e Mianmar”, alerta a S&P Global Platts.


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Onde estamos? A Platts também noticiou que membros da OPEP ainda tentam retomar as negociações com a Rússia.

Ao rejeitar a indicação do comitê técnico do cartel por cortes mais profundos de produção, a Rússia criou uma oportunidade para a Arábia Saudita romper com o acordo e anunciar não apenas o aumento da produção, como aplicar descontos, em uma disputa pelo mercado de óleo.

Enquanto bolsas e moedas recuam ao redor do mundo, a Rosneft comemora a chance de voltar a brigar livremente por uma maior fatia do bolo; o governo de Vladimir Putin tensiona, afirmando ter fundos para sustentar o óleo barato por uma década; e, nos EUA, o candidato à reeleição Donald Trump recebe com entusiamo a queda nos preços: “bom para os consumidores, preços da gasolina estão caindo!”.

Outra métrica será o mercado financeiro. O Financial Times destaca a posição dos fundos ESG no topo dos gráficos de desempenho. ESG é a sigla em inglês para os fundos que levam em conta, na decisão de investimentos, critérios ambientais, sociais e de governança.

É uma tendência crescente, em especial em países desenvolvidos, que deve ajudar a frear a tentação de reverter investimentos em energia limpa, em um novo cenário de óleo barato.


Curtas

Por aqui, atenções voltadas aos preços dos combustíveis. A Petrobras afirma, oficialmente, que o momento é ainda é de análise do cenário que se desenha para os preços dos combustíveis.

Mas podemos afirmar que a tendência é de corte dos preços da gasolina e, em especial, do diesel. É uma ameaça para o mercado de etanol hidratado, que concorre com a gasolina nos postos.

Futuro CEO da do grupo Raízen, Ricardo Mussa afirmou nesta segunda que a perda de competitividade do etanol pode acelerar uma mudança no mix das usinas do Centro-Sul, com maior produção de açúcar. “Isso já estava acontecendo antes dessa queda de hoje do petróleo, mas a tendência é que o processo seja acelerado”. Valor

Em eventos para investidores, Mussa também destacou os projetos que deve ser acelerados na safra 2020/2021: produção de etanol celulósico, ou de 2ª geração, a partir de bagaço e palha; produção de pellets e a nova planta de biogás, que será inaugurada em abril. Valor

“Não existe possibilidade do governo aumentar a CIDE para manter os preços dos combustíveis”, afirmou Bolsonaro no Twitter, durante sua viagem aos EUA. A Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) está zerada para o diesel, é de 10 centavos por litro da gasolina e não incide sobre o etanol.

A Cosan vai investir em projetos de geração termoelétrica a gás natural, com parceiros estratégicos. A estratégia faz parte do lançamento da empresa Compass Gás e Energia, que vai concentrar seus ativos de distribuição, GNL e comercialização de gás natural e energia no mercado livre.

Petrobras vende campos terrestres de gás para Eagle Exploração. Os campos terrestres de Conceição, Quererá, Fazenda Matinha e Fazenda Santa Rosa, na Bacia de Tucano, na Bahia, atingiram o valor de US$ 3 milhões.


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