Os projetos de gas-to-power podem ser uma nova âncora para o desenvolvimento da produção de projetos de gás natural no país, estima Thiago Teixeira, o superintendente adjunto de Petróleo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O executivo participou da terceira edição do O&G Regulation International Benchmark Forum, organizado pelo IBP e OGE dias 10 e 11 de junho.
O superintendente da EPE mostrou que o desenvolvimento da produção de gás natural no pré-sal vai requerer infraestrutura adicional com a criação de novas rotas para escoamento de gás natural. Alertou também os leilões de demanda de energia precisarão ser conciliados com os processos de decisão de investimentos de upstream brasileiro.
Teixeira mostrou ainda que faz sentido colocar projetos de geração de energia a partir de gás natural na base da geração no país. Citou o projeto de Marlim Azul, da Shell. A usina foi o primeiro projeto vencedor dos leilões de energia com gás do pré-sal brasileiro. A planta entrará em operação em 2022, disponibilizando ainda energia adicional a ser vendida no mercado livre.
A Eneva é pioneira do modelo no país, com o projeto de geração de energia a partir do gás onshore que é produzido na Bacia do Parnaíba, no Maranhão. Agora, a empresa vai replicar o modelo com a térmica Jaguatirica II, de 117 MW de potência, vencedora do 1º leilão para sistema isolado. O projeto vai gerar energia para Roraima a partir do gás natural produzido no campo de Azulão, na Bacia do Amazonas. O investimento no projeto é estimado em R$ 1,8 bilhão.