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Brasil ficou 14% mais eficiente energeticamente em 13 anos

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4 de fevereiro de 2020
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Diálogos da Transição

apresentada por


Quem faz
Felipe Maciel, Guilherme Serodio e Larissa Fafá
Editada por Gustavo Gaudarde
[email protected]

O Brasil ficou 14% mais eficiente energeticamente entre 2005 e 2018, com destaque para os setores residencial e de transportes. Os dados fazem parte do Atlas.pdf da Eficiência Energética 2019, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) na última semana.

O Altas mostram que, entre 2001 e 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) evoluiu a uma taxa média de 2,3% ao ano, acumulando um crescimento de 50%. A oferta interna de energia cresceu no mesmo ritmo da economia (2,3% ao ano), mostrando forte correlação com o PIB.

Contudo,  entre 2001 e 2009 o PIB cresceu a uma taxa média superior à da oferta interna de energia, de 3,3% contra 2,8%, respectivamente. O descasamento gerou o racionamento de energia de 2001, que culminou na publicação da Lei de Eficiência Energética (nº 10.295/2001), onde foram determinados índices mínimos de eficiência energética para equipamentos.

A eficiência energética no país é medida pelo ODEX, índice que de conservação de energia que considera a variação de indicadores de consumo e pondera em relação ao peso no consumo.


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Indústria

A indústria consome um terço de toda a energia produzida no país para a fabricação de seus produtos. Até 2017 era o setor que mais consumia energia, mas foi superado pelo setor de transporte por conta da crise econômica que abateu o país a partir de 2014. Eletricidade, bagaço de cano, lenha e carvão vegetal são as principais fontes de energia da indústria.

  • Programa de Eficiência Energética da ANEEL (PEE/ANEEL) e PROCEL Indústria são os dois principais programas de eficiência energética para o segmento indústria.

Em 2018 o ODEX da indústria foi de 93, 7% menor que o ODEX em 2005, com redução média de 0,6% ao ano, o que representa ganho médio de eficiência energética. O índice foi impactado pelo período de recessão da indústria entre 2013 e 2017, quando alguns segmentos operavam com capacidade ociosa, fora da sua normalidade. Também ajudou o fechamento de plantas menos ineficientes em alguns setores, como o siderúrgico.


Edificações 

O estudo da EPE divide edificações nos segumentos residencial, comercial e público. A principal fonte de energia utilizada nas edificações é a eletricidade. As residências utilizam 46% de eletricidade, 26% GLP e 24% de lenha. Já os edifícios comerciais e públicos utilizam majoritariamente a eletricidade com 92% de participação.

As edificações consomem 16% da energia total e 51% da eletricidade do país. Entre os anos de 2005 e 2018, o consumo de energia das edificações passou de 30,7 milhões para 37,8 milhões de tep, crescimento de 2% ao ano no período, já o setor comercial teve um crescimento maior com taxa de 3% no mesmo período.

Entre os anos 2000 e 2018, o consumo de energia nas residências brasileiras passou de 21,7 milhões para 25,2 milhões de tep, crescimento de 1,1% ao ano no período. As famílias representam 10% do consumo total final de energia e 25% do consumo de eletricidade no Brasil.

Os dados mostram que o apagão e o racionamento de energia de 2001 estimulou a mudança de hábitos do consumidor residencial, que passou a adquirir equipamentos com consumo de energia mais eficiente, que ganharam ainda mais participação no mercado com a estabilidade econômica, crescimento da renda das famílias, aumento do crédito e incentivos tributários para a aquisição de eletrodomésticos entre 2002 e 2014.

Em 2015 a crise econômica fez com que a economia retraísse e o consumo de energia nas residências acabou reduzido. O uso de biomassa para cozinhar apresentou um crescimento devido à crise econômica, que levou as famílias a substituir o GLP pela biomassa tradicional menos cara, mas também menos eficiente. Hoje, a cocção é responsável por 54% do consumo residencial total das famílias.


Transporte

O setor de transportes é responsável por 33% do consumo final energético no Brasil, sendo feito prioritariamente por rodovias. A avaliação da EPE mostra que a matriz de transportes poderia priorizar os  modais ferroviário e hidroviário, o que poderia reduzir significativamente a demanda por energia e ampliar os ganhos de eficiência sistêmica.

O setor de transporte de passageiros, em geral, não apresentou ganhos de eficiência. As novas demandas da sociedade para o transporte coletivo das grandes cidades –  como Rio e São Paulo – têm acrescido demandas nos ônibus que reduzem a eficiência média dos veículos.

Para veículos leves, os dados mostram que a inserção da tecnologia flex fuel repercutiu no aumento da demanda pelo etanol hidratado, que teve sua participação ampliada de 11,8% para 21,5%.  A previsão é que a expansão continue já que veículos flexs estão dominando o mercado.

A expansão do GNV, que é utilizado em veículos convertidos, é competitivo principalmente para veículos que percorrem longas distâncias diariamente e que recebem benefícios fiscais locais (descontos no IPVA, por exemplo).

O Atlas indica aumento da eficiência dos veículos flex fuel em 17% entre 2003 e 2009, de 10,3 km/l para 12 km/l, quando consumindo gasolina. Já os veículos a gasolina apresentaram redução de 15% na eficiência no mesmo período, chegando a 9,5 km/l em 2009.

No transporte ferroviário, com novos investimentos em metrôs, trens urbanos, veículos leves sobre trilhos (VLTs) e monotrilhos, o setor ganhou equipamentos mais eficientes.

As futuras necessidades de demanda de energia de transporte do Brasil podem aumentar em mais de um terço até 2040, de acordo com as políticas atuais (IEA, 2018c). Para reduzir emissões e importações, eficiência energética pode ser um fator importante.


Políticas públicas para eficiência energética começaram nos anos 1980

O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE/1984), coordenado pelo Inmetro, foi o pioneiro no Brasil em eficiência energética. Procel, para eletricidade, e Conpet, para petróleo e gás, foram criados em 1985 e 1991, respectivamente, para eficiência energética. Ambos são coordenados pelo Ministério de Minas e Energia.

A EPE aponta que as ações do Procel resultaram em uma economia de 23 TWh, equivalente a 4,87% do consumo total de energia no Brasil.

Mesmo com os ganhos apontados, o estudo mostra que ainda existem barreiras que dificultam a ampliação da eficiência energética o Brasil:

  • baixa priorização dos projetos de eficiência pelas empresas e consumidores

  • falta de conhecimento sobre o potencial e medidas de eficiência

  • carência de informações e dados

  • falta de confiança sobre os reais custos e benefícios das ações de eficiência

  • modelos de negócio para realização de investimentos em eficiência

  • resistência a mudança


Curtas

A Petrobras iniciou a venda dos parques eólicos Mangue Seco 1 e 2, onde tem sociedade com a Eletrobras e Alubar, respectivamente. Os parques estão instaladas no Rio Grande do Norte.

A Dinamarca obteve quase metade de seu consumo de eletricidade de usinas eólicas no ano passado, um novo recorde impulsionado por significativas reduções de custos e melhorias na tecnologia para parques offshore (instalados no mar). Terra

A geração de energia eólica e solar fotovoltaica na Bahia, em 2019, cresceu, respectivamente,  50% e 70% em relação a 2018.Os dados são da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). G1

Ecosolaroof Holding Limited estuda instalar uma fábrica de telhados solares na cidade de Manaus. Capital do Amazonas disputa projeto com cidades da Califórnia, nos Estados Unidos. portal solar

Turbinas Braseólic pode ter uma fábrica de aerogeradores na cidade de São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul. Dados da Prefeitura Local

O novo projeto de lei que regula a geração distribuída, mudando as regras para os interessados em investir em sistemas de geração solar, precisará vencer a resistência criada na Câmara dos Deputados na esteira da campanha contra a “taxação do Sol” e ainda encontrar espaço entre outras pautas prioritárias no Legislativo. epbr

Estudo publicado pela One Earth estabelece roteiros para 143 países mudarem para 100% de energia renovável até 2050 e criar um Green New Deal quase global. One Earth (inglês)


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