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Capa Política energética Petróleo e gás Combustíveis

Balanço do mercado dispensa nova redução da mistura de biodiesel, afirma Erasmo Battistella

porNayara MachadoeGabriel Chiappini
17 de março de 2021
Em Biocombustíveis, Combustíveis, Transição energética

A previsão brasileira de colher uma safra recorde de soja este ano – acima de 130 milhões de toneladas – deixa os produtores de biodiesel em uma posição mais confortável em relação à disponibilidade de matéria-prima, em comparação com o ano passado.

A avaliação é de Erasmo Battistella, CEO do ECB Group, para quem o período que vai do final de fevereiro até abril é estratégico para o setor.

“Fim de fevereiro, março e abril para o Brasil é muito estratégico, porque é o momento em que o Brasil colhe a soja e onde as empresas fazem o estoque, e com isso se preparam para que não ocorra o que aconteceu o ano passado”, diz.

Em 2020, a mistura de biodiesel teve quer ser reduzida em dois momentos, diante da escassez de óleo de soja – principal matéria-prima na produção do biocombustível – no mercado interno. No final do ano, o Conselho Nacional de Política Energética chegou a liberar o uso de matéria-prima importada na produção para garantir o cumprimento da mistura obrigatória de 12% de biodiesel no diesel vigente na época.

Erasmo Battistella foi entrevistado ao vivo nesta terça (16)


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Preço do diesel ameaçou mistura

Nas últimas semanas a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) encabeçou uma campanha defendendo a redução da mistura obrigatória de biodiesel no diesel, para compensar a alta no combustível.

“A CNT se posiciona pela necessidade e conveniência de redução do nível de biodiesel no óleo diesel em pelo menos metade do nível atual, sem deixar de lado a possibilidade de esse nível ser zerado por determinado período, a fim de que haja uma significativa redução do preço nas bombas de combustível”, diz a associação em uma nota técnica publicada na sexta (5).

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, garantiu pessoalmente a parlamentares e produtores a manutenção da mistura obrigatória.

Adicionado ao diesel na proporção de 13% desde 1º de março deste ano, o biodiesel foi comercializado no último leilão ao preço médio de R$ 4,708 o litro.

Para Battistella, não se pode comparar o preço do biodiesel com o diesel e seria necessária uma posição “mais igualitária” quando o biocombustível está mais barato.

“Há um ano e pouco, [o biodiesel] foi mais barato do que o diesel. E eu não vi a Confederação Nacional dos Transportes ir ao governo pedir para aumentar a mistura”, criticou o executivo, que também é presidente da Aprobio (Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil).

As cotações do petróleo no mercado internacional subiram 14% em média ao longo do mês de fevereiro, o que pressiona os preços do diesel e da gasolina no Brasil. A manutenção dos cortes do OPEP+, grupo liderado por Arábia Saudita e Rússia, pegou o mercado de surpresa, em momento de aumento da demanda.

Paralelamente, o inverno rigoroso no hemisfério Norte provocou o consumo de estoques, ainda sem efeitos agressivos na oferta doméstica dos EUA, importante supridor no balanço da oferta global de óleo.

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Marco legal para novos biocombustíveis

“O Brasil só vai avançar no segmento de biocombustíveis avançados se tivermos um marco regulatório”, afirmou Erasmo Battistella.

Ele considera como um ponto fundamental a publicação da especificação do diesel verde, que acredita estar em fase final na ANP.

“Nossa expectativa como setor produtivo é que durante o ano de 2021 o governo consiga criar a base do marco regulatório dos biocombustíveis avançados”, disse.

O objetivo é que o Brasil se prepare para fornecer biocombustíveis de aviação já em 2027, para atender às metas do Corsia – acordo da aviação internacional para a redução e compensação de emissões de CO2.

Mas, segundo o executivo, a demora na definição de um marco legal para biocombustíveis avançados é um risco porque atrasa também o início da produção de bioquerosene no Brasil.

“E isso é um problema para o Brasil que vai ter que importar bioquerosene, ou vai ter que comprar créditos de carbono”, explicou.

Atrelado à produção de bioquerosene está o diesel verde, combustível renovável que pode substituir o diesel de petróleo.

A inserção do diesel verde na matriz de combustíveis está sendo avaliada por um grupo de trabalho liderado pelo Ministério de Minas e Energia. Mas o setor também se mobiliza por um marco regulatório, que pode vir junto com o do bioquerosene.

Segundo Battistella, já existem algumas propostas de como essa inserção poderia acontecer, sem interferir no mandato de biodiesel. A ideia é aumentar a proporção de renovável e o diesel verde substituir o diesel fóssil e não o biodiesel.

“No caso de grandes centros urbanos, nós defendemos que seja um B20 (20% de biocombustível) e H80, para nós tirarmos o diesel e implementarmos o HVO (diesel verde) e com isso reduzirmos as emissões acima de 90%”, explicou.

“No caso do bioquerosene, não há outra forma que seja o blend. O Brasil deveria seguir o mandato global, mas há uma mistura mínima, até para viabilizar a produção, de 2%”, concluiu.

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Agenda verde de petroleiras impulsiona negócio de biocombustível

Com investimentos em uma usina de HVO e bioQAV no Paraguai, o ECB fechou recentemente contratos de longo prazo com a BP e Shell para fornecimento de 4,5 bilhões de litros desses biocombustíveis.

Para Battistella, o movimento mostra um comprometimento de grandes petroleiras com a redução das emissões de gases de efeito estufa.

“Aliado a isso, com a mudança de posição dos Estados Unidos, em função da eleição do presidente Biden, nós estamos percebendo que outras petroleiras globais estão super interessadas nessa agenda verde”, comentou Erasmo Battistella.

O ECB Group tem o objetivo de de se tornar neutro em emissões de carbono até 2030.

Recentemente, assinou contrato de compra de 300 mil toneladas anuais de óleo de reflorestamento, proveniente de árvores de pongâmia do grupo holandês Investancia. O negócio é válido até 2055.

A produção será feita no Paraguai, atualmente o maior local dedicado à cultura de árvores de pongâmia. Sua atual capacidade de produção anual de 1 milhão de árvores aumentará nos próximos 10 anos para um total de 50 milhões de árvores, em 125.000 hectares.

O óleo de pongâmia é uma aposta para reduzir a intensidade de carbono, sendo mais eficiente neste aspecto que outras matérias-primas disponíveis para produção de biocombustíveis.

No mês passado, a A Petrobras e o ECB Group concluíram a operação de venda de 50% do capital da da BSBios, que passa a ser 100% controlada pela RP Participações em Biocombustíveis, subsidiária do grupo liderado por Erasmo Battistella. O valor da operação totaliza R$ 322 milhões.

A BSBios é proprietária de duas usinas de biodiesel, uma no Rio Grande do Sul e a outra no Paraná, cada uma com capacidade de produção de 414 mil m³/ano.

O grupo registrou faturamento de R$ 5,2 bilhões em 2020, alta de 57,5% em relação ao ano anterior, com a marca de 755.154 m³ de produção de biodiesel.

“Apesar do cenário desafiador imposto pela pandemia, a empresa finalizou o ano de 2020 com o melhor resultado econômico da sua série histórica (…) O resultado é decorrência do investimento de 43,75% em ampliação da capacidade produtiva na unidade de Passo Fundo, seguindo assim mais um ano como a maior produtora de biodiesel do mercado brasileiro”, informou a empresa em nota.


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